Resenha de “Com Defeito de Fabricação”
Primeiro preciso fazer um Disclaimer: Não sei muito sobre música, gêneros musicais ou terminologia musical. O seguinte texto é exclusivamente uma resenha subjetiva sem conhecimentos técnicos.
O disco “Com Defeito de Fabricação”, de Tom Zé, é um álbum conceitual. O disco foi lançado em 1998 e consiste em 14 canções diferentes. A música é experimental e variada. Cada canção soa um pouco diferente. Tanto Tom Zé, como uma voz feminina cantam em canções diferentes. Penso que foram utilizados instrumentos reais na maioria das canções, mas também foram utilizados efeitos especiais. Algumas gravações foram experimentadas. Por exemplo, alguns ritmos são em loop ou as vozes também são distorcidas.
Isto é também claramente visível na minha canção favorita do álbum. A canção “Xiquexique” é a canção mais longa do álbum. A duração é 5 minutos e 25 segundos. As outras canções tem entre um e três minutos de duração. A canção começa com um ruído estranho. Soa como um som de fricção mas não sei o que faz esse som. Gostei particularmente da parte em que o som de fricção se transforma numa melodia clara. A melodia é rapida. Depois de algum tempo, uma voz masculina escura e distorcida começa de cantar. As letras são interessantes. Elas soam como uma pintura surrealista. Por exemplo: “Vi o cordeiro de deus num ovo vazio”, “Eu vi o cego dando nó cego na cobra” ou “Eu vi a lua na cacunda do cometa”. Os cenários descritos são surreais e confusos. Ele canta sobre coisas opostas que não são possíveis, por exemplo: “Vi a galáctea branca na galáctea preta“. A melodia harmonizar-se bem com as letras. No final, a melodia torna-se cada vez mais rápida, como num transe. A canção termina abruptamente. Aqui a tensão é descarregada abruptamente.
As outras canções são igualmente confusas e produzem novos sons excitantes. Por isso o álbum nunca se torna enfadonho, monótono. Surpreende com novos sons. No geral, gosto muito do álbum e quero ouvir mais música de Tom Zé.
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